quarta-feira, novembro 28, 2007

Lei Nelson Ned

Em nosso país, tão preocupado com as minorias e desigualdades, vemos emergir mais um clamor dos menos favorecidos...aqueles que passam desapercebidos, não por sua condição social, não por sua raça ou crença, mas por sua baixa estatura.
Sim, estou falando dos baixinhos! Se bem que este termo já deve ser considerado pelo politicamente corretos uma agressão aos indivíduos portadores de necessidade de saltos mais altos.
Vi hoje, minha nobre mamãe passando pelo constrangimento de não achar aveia no mercado, e por quê? Porque, nesse mundo de diferenças cruéis, a aveia só pode ser consumida pelos opressores com mais de 1,60m, que enxergam a última prateleira. E alcançar o painel do cartão de débito? Como enxergar quais botões está pressionando se eles estão nas alturas?

Temos que dizer basta!!!

Em proteção a eles temos que exigir cotas! Exigir regalias através de leis que amenizem o sofrimento dessa classe tão sofredora, excluída de inúmeros brinquedos em parques de diversão. Cadeiras especiais em ônibus e cinemas adequadas ao comprimento das pernas, descontos nos impostos, nas taxas, afinal eles são diferentes e merecem ser recompensados pelas suas idiossincrasias. Quiça uma bolsa de auxílio, ajudando a custear o ajuste das barras das calças e ajuste de sapatos da seção infantil para adultos.

Brasileiros, uni-vos!!!!!!!

terça-feira, novembro 27, 2007

Minha Primeira Punção

Fui fazer uma punção na tireóide hoje a tarde.
Minha primeira vez nesse mundo. Fui à endocrinologista faz umas 2 semanas e ela achou um nódulo, e por isso estou fazendo aquela bateria de exames básica.
Confesso que quando ouvi a palavra biópsia eu tremi na base. Fiquei um dia meio passada, meio sem rumo.
Lógico que corri na internet pra saber o que era o tal exame, se ia doer, essas coisas.
Em seguida liguei pros laboratórios pra ver o tamanho da dolorosa (afinal não tenho convênio até hoje).
Passadas duas semans, nem estava mais tão preocupada. Os exames de sangue estão normais, tirando o colesterol alto (que tem me rendido uma boa desculpa pra comer sushi loucamente), a tal punção seria rápida, tudo ok. O Darth não poderia ir comigo porque tinha uma apresentação no trabalho pra fazer, mas estava tranquila do mesmo jeito.

Mas que clima ruim tem essas clínicas.

Quando cheguei estava tudo bem, mas de repente sai uma mulher aos prantos da sala do médico, aparada pelo marido e pela mãe, dizendo que doeu horrores, que ela não merecia passar por aquilo... um espetáculo.
Ai todo mundo que está em volta começa a participar... pergunta quem já foi operado, a contar como foi quando descobriu que tinha câncer, como foi a cirurgia, como foi quando apareceu o primeiro nódulo após a cirurgia... uma delícia.
Nesse momento eu já estava engolindo seco, mas mantendo a pose em cima do salto.
A secretária deve ter percebido meu pânico e começou a falar pra moça chorosa que ela era a primeira a chorar tanto e dizer que doeu, que o médico é muito bom e que nunca ninguém ficou daquele jeito.
Bom, não tinha como escapar mesmo, e pelo menos não seria a única a dar escândalo.

Doer não dói, mas incomoda pacas.

Agora é só esperar o resultado...

terça-feira, novembro 20, 2007

Só Uma Nota

Não basta ter consciência. Esta sem conhecimento (e não me refiro a noticiários e debates rasos de jornais e informações de massa) e reflexão crítica só serve para virar mais um feriado.

terça-feira, novembro 13, 2007

Onde Está Você Meu Cãozinho?

Achei esse texto perdido no fundo do baú...literalmente.
Eu e Alécio trocávamos cartas e textos malucos no segundo grau, mas sempre lembro desse... Tenho recordado muito dessa época. Tínhamos todas aquelas questões adolescentes, meio barrados no baile, começando a entrar no melrose, mas era um grupo divertido.
Não bebíamos suco gummy, pra falar a verdade quase não bebíamos. Tinha uma ou outra festa que tinha leite de onça ou vinho, mas nada comparado a hoje. Nos juntávamos em caravanas, andando pelas casas uns dos outros arrebanhando a galera, saindo da 17 até chegar na 29, na casa da Fabinha. Passávamos um tempão no Conjunto Nacional, só de um lado pra outro. Assistiamos filmes, fazíamos churrascos...
Definitivamente, não posso reclamar da adolescência que tive.

"Nada força mais os sete ventos da vida pagã de um unicórnio sem filtros do que catalisadores feitos de queijo e nuvens de gafanhotos famintos... É... é a vida que torna tudo um pouco mais de açúcar, por favor! Não tem jeito mesmo, por mais que se exija, nem todos os bares farão suco de laranja pra quem sofre de problemas com as notas. Pois se as axilas de hipopótamos não têm cabelos, não é por falta de chifres, já que os óculos de alguns navios não funcionam no espaço. Isso gera um problema mais sério, que é o caso da carteira para maiores de 16 anos:
( ) Sim ( ) Não
Pobres exilados, que não tem a chance de experimentar o maravilhoso gosto dos caldos de cana da torre. Mas gostoso mesmo é a sensação de estar reagindo com uma porção de elementos que só influem na direção que tomam os trilhos que atravessam as ostras, as lagostas e os sóis. Portanto, mantenha-se sempre feliz, pois tudo que sobe...desce, tudo que nasce... morre, e tudo que varre é lixeiro! Pois qual é o valor da depressão? Cem reais... dez reais... três reais e doze centavos? Não! Vale muito mais que qualquer preço que você possa pagar... vale a sua vida porca cheia de flores e amores e você nunca vai fazer aparecer um coelho de dentro do seu sapato infestado de chulé!!!
Conclusão: Odeie as aulas de biologia e reprove no fim do ano"

Como Capturar Porcos Selvagens?

Recebi esse e-mail ontem... adorei...

Você sabe como capturar porcos selvagens?

Havia um professor de química em um grande colégio com alunos de intercâmbio em sua turma. Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem.

O professor perguntou ao jovem qual era o problema. O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu país nativo que estavam tentando derrubar seu governo e instalar um novo regime, um "outro mundo possível".

No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta: "O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?"

O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.

"Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho de gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, ele voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado. Os porcos que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. Você então fecha a porteira e captura o grupo todo."

"Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão."

O jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país. O governo ficava empurrando-os para o comunismo e o socialismo e espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, impostos variados, estatutos de "proteção", cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de "bem-estar social", medicina e medicamentos "gratuitos", sempre e sempre novas leis, etc, tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha.

Devemos sempre lembrar que "Não existe esse negócio de almoço grátis" e também que "não é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse".

terça-feira, outubro 30, 2007

Parte 2

- Eu adorava tomar sol ouvindo The Smiths. A Camila ficava de cara, afinal as letras deprês não tinham nada a ver com o momento. Mas eu sempre argumentava que o som era divertidinho e animadinho...e que nem estava prestando a atenção na letra mesmo.

- Adoro tocar Final Countdown quando estou saindo de casa, com direito a sincronia e tudo mais...lembra o music video do evangelion hehehehe

- Não consigo misturar comida doce com salgada. Nada de romeu e julieta, arroz com passas, molho agridoce...

- Eu me acho jovem, mas estou começando a notar a diferença, que não sei ao certo o que pode ser. Mas antes os desconhecidos se referiam a mim com "moça", agora já dizem "mulher".

- Eu consegui parir minha monografia da especialização em 1 semana. Até com a mão esquerda eu escrevi... mas deu certo. Importante ressaltar que só falei com meu orientador 2 vezes: uma quando me apresentei pra ele e defini o tema e a segunda quando mandei o resultado final pra ser corrigido.

- Eu sempre desenhei bonequinhos com as mãos pra trás. Se fossem interpretar meu desenho diriam que me omitia das coisas, que tentava me esconder do mundo, etc. Na verdade eu só colocava as mão para trás porque não sei desenhar mão direito e sou perfeccionista demais pra mostrar aos outros que não sei fazer algo.

- Eu sempre acreditei que existia a pessoa que sou e a que mostro aos outros. Sempre fui associada a adjetivos tipo meiga, calma, tranquila. No fundo sabia que não era assim, mas sempre fui boa em disfarçar as coisas. Agora está na onda falar de mim como uma descontrolada, emocional, exagerada, doida, pit bull... pior, quando pergunto exemplos as pessoas me olham e voltam a pergunta: "como assim? você não sabe?" Não. Eu não sei. Mas tem algo muito errado nisso.

- Lembrei a época da terapia. Naquelas listas de descrição de "quem sou eu?" sempre colocava que sou vingativa.. Não consigo me imaginar sem esse traço. Minha terapeuta gastou muito discurso para me fazer analisar essa questão, ver o quanto isso me prejudicava, o quanto isso era complicado. Nunca conseguiu. Sempre achei que era um dos traços mais marcantes da minha personalidade exuberante.

- Não me lembro de ter me vingado de ninguém na vida. Se fiz isso não foi planejado e nem percebi, então não conta.

- Já passei uma manhã inteira desesperada na UnB porque me deu vontade de comer vinagrete e não tinha onde arranjar.

- Ihiiiiii!!! Lembro que uma vez me maquiei na escola com canetinha hidrocor. Achava que devia estar lindo até ver a cara de espanto da minha professora.

- Outra das antigas. Quando mandaram um pedido de autorização pro meu irmão fazer natação na escola (ele tinha uns 4 anos de idade) eu peguei e assinei prontamente...afinal é meu irmão e eu cuido dele. Como poderia ser diferente?

- Minha mãe chegava do trabalho 14 h. Assim sendo, eu tinha 2 horas sem supervisão, entre o horário que eu chegava da aula e o horário que ela chegava. 2 horas que rendiam demais... Descasquei 2 quilos de batata pra fazer batata frita no almoço, lavei a varanda pra brincar de esqui peito (foi nessa que meu irmão quebrou o dente), quebrei a janela arremessando um sapato, capotei de bicicleta na brita, me cortei com a gilete... muito produtivo mesmo.

- Eu fugi de casa quando tinha 1 ano. Minha avó morava em uma esquina e eu na outra. Queria ir lá e minha mãe não me levou. Tenho até hoje as fotos da minha louca escapada.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Me, Myself & I

- Eu quase não tive doenças da infância, só uma caxumba muito sem vergonha... parecia um caroço de feijão atrás da orelha. Sem febre, sem mal estar, só uma semana de folga na escola.

- Eu escapei de um surto de catapora na adolescência. O Rodolfo caiu de cama. O Rafael ficou com três espinhas esquisitas na cara... eu passava o tempo todo com eles e escapei! É claro que passei uma semana tomando gemada e comendo cenoura (por algum motivo achava que isso me ajudaria) e me coçando de medo.

- Eu já fui a palhaça que foi convidada pra uma festa à fantasia e realmente foi fantasiada (a única, é claro).

- Quando era criança convenci meu irmão que seria legal experimentar uma tortada na cara. Fiz uma quantidade exorbitante de massa de bolo, coloquei em 2 pratos de isopor, e lá estávamos lá passando massa de bolo um na cara do outro...quase igual aos 3 patetas. Aprendizado importante: não tomar banho estupidamente quente quando se tem qualquer coisa a base de ovo no cabelo...ele cozinha.

- Eu tenho fases de monoalimentação. Descubro alguma receita ou fico fanática por alguma comida e passo semanas comendo a mesma coisa. Já teve a fase do miojo, do arroz, da carne moida com latinha de jardineira, de purê...

- Eu tenho uma meia dúzia de cabelos brancos que só eu vejo. Minha mãe me sacaneia toda vez que falo deles. Mas eles estão lá... arranco todos que alcanço.

- Eu tenho uma pasta de músicas no computador chamada APELEI, e confesso que tenho vergonha de contar pra qualquer um as músicas que tem lá.

- Eu não ouço sertaneja, funk, pagode...mas confesso que tenho um gosto duvidoso com músicas... adoro boys bands... (e não são essas as músicas do apelei, essas são a da pasta FAROFA).

- Eu acredito que sou inteligente, mas isso tem se tornado uma faca de 2 legumes...como não tenho tido onde aplicar meus neurônios reservo grandes partes do meu dia criticando as coisas, até as que não são da minha conta.

- Tenho uma memória invejável. Ainda acho que estou gastando muitos megas de memória lembrando a roupa que eu usava no primeiro dia de aula no segundo grau (sim, uam calça jeans azul bem escura, um all star, um casaco de lá em tons de cinza), o que me faz esquecer outras coisas, tipo o que eu estava falando mesmo... ou o que eu deveria ter feito ontem...tava na ponta da lingua poxa...

- Sou o pior tipo de usuário de computadores: nem sou completamente ignorante e nem consigo resolver todos os problemas que aparecem. Por sinal, por confiar demais no meu taco acabo fazendo besteiras.

- Ainda acho que deveria ser uma executiva, trabalhar de terninho e viver correndo de um lado pro outro resolvendo pepinos... É estimulante e sempre trabalhei melhor sob pressão.

- Eu tenho uma pala com simetria. Se estalo a mão direita, tenho que estalar a esquerda, caso contrário eu morro. Se mastigo com um lado da boca, tenho a compulsão irressistível de mastigar com o outro, se possível um pedaço de tamanho parecido.

- Quando era criança me achava muito mais adulta do que era. Quando era adolescente também. Agora que virei gente grande insisto em me achar adolescente ou criança.

- Quase nunca tenho vontade de voltar no tempo, acho que curti bastante. Mas às vezes me dá um pontada de saudosismo de ter 20 anos, estar na faculdade com um mundo de possibilidades e opções pela frente.

- Não faço planos há um tempo. Deixo tudo correndo e depois vejo no que dá. Será que isso é a tal da maturidade ou é meu lado adolescente tardio?

- Estou adorando usar agenda. Nunca me apeguei a uma. Mas agora vivo colando meus comprovantes de cartão de crédito, anotando meus cálculos, revendo minhas dívidas e ganhos. É uma versão senior do meu querido diário.

-Definitivamente não consigo manter meu carro em ordem. Ele voltou do mecânico, todo arrumadinho (tirando a lataria que está horrorosa), diminui a bagunça, mas está longe de ser um carro arrumado.

- Acho que não tenho mais idade pra usar mini saia, all star, sobreposição de roupas, camisas com frases de efeito ou qualquer outro modismo atual. Bom senso ou crise/frescura de idade?


Quase meu aniversário... ainda olhando pro meu umbigo...

sexta-feira, outubro 26, 2007

Viva o Trash!!

Eu nunca escondi o quanto adoro filmes trash, com aqueles efeitos fantásticos, frases fabulosas e histórias geniais.
Foi muito por acaso que assisti o Planet Terror... e fiquei encantada!!! Agora que fui procurar de qualé desse filme descobri o tal projeto Grindhouse. Já estou na expectativa pra comprar os dvds. Muahahahahahaha!
E honra a parte pro trailler do Machete... Se filmarem mesmo vai ser uma obra prima do gênero charles bronson de ser...
Mais uma vez vejo uma das minhas profecias se concretizando... trash vai virar cult!!! (já vi em algumas locadoras a prateleira só de trash. Até então só existia uma que tinha isso, e porque o Léo, que trabalhava lá, gostava da parada e inventou a coleção trash).




http://www.grindhousemovie.net/

terça-feira, outubro 16, 2007

Opa! Marilda Fazendo Escola

A tal da ministra de não sei lá o que, a Marilda que no começo do ano soltou a infeliz declaração de negro discriminar branco não é racismo, pode ser julgada por falar besteira demais. Estão usando aqueles argumentos babacas de que não leram a integra da entrevista e que por isso ela foi mal interpretada... eu li a integra da resposta que ela deu... falou merda mesmo... Agora tenta fugir porque tee repercussão demais.
É essa mania de que tudo dito pra defender uma minoria é justo, correto e óbvio. Vários problemas nisso... Desde quando os negros são minoria (a não ser que tire dessa conta os pardos, os moreninhos, os que tomaram sol demais)? Mais: cadê o mínimo de senso crítico ao se analisar os argumentos utilizados na guerra racial que tentam travar nos dias de hoje?
E de tempo em tempo aparece um papelão novo (agora vão entrevistar os candidatos a cotas na universidade, ao invés do contraste no papel pardo de antes), uma minoria nova, uma bandeira diferente pros malucos pró social enfiarem o bedelho.
Mas a Marilda imortalizou seu pensamento. Por mais que muita gente vá se lembrar pro resto da vida que está mulher é uma topeira infâme, as palavras dela já começam a ser disseminadas...
Ontem eu vi um pedacinho do capítulo da novela das 8. O moleque riquinho estava cantando a empregada. Ela deu um fora categórico no cara, falando com todas as palavras que não se envolve com desbotado, branquelo azedo, etc. E era nítido o desprezo dela, chamando ele dessa forma como se fosse um xingamento mesmo. Normal!! Que mal faz isso? Uma classe oprimida (mulher, negra e empregada) tem mesmo que tratar os opressores dessa forma...
Engraçado, se fosse uma loirinha chamando um moleque de neguinho, azulão ou algo assim estaria estampado nas capas do jornal no dia seguinte: "Racismo na novela!!"

Parabéns dona Marilda!! Sua estupidez já está sacramentada e já contas com ilustres adeptos.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Pra Não Falar Mais no Assunto

O que o Arruda vai fazer com todas as placas das obras do GDF?
"Estamos investindo seus impostos aqui"
Lá se vão nossos impostos pra bancar essa brincadeira...

(enquanto isso, no front de atendimento, estamos tentando resolver os seus problemas, por mais que eles não tenham muita solução, mas vamos continuando...explicando...burocratizando...enrolando...)

Malandro é Malandro e Mané é Mané

Sempre vou à academia de noite, é mais tranquilo. Nesse horário ficam 2 professores... se bem que um é professor mesmo e o outro carrega o crachá de escraviário.
Lógico que o professor é todo cheio de pose e marra, fica lá desfilando de uma lado pro outro. Já o estagiário é o gente boa. Sempre rindo, ele que faz todas as avaliações da noite, séries, acompanha a galera em geral.
O professor vive no celular, seja mensagem seja chamada mesmo. O estagiário passa de aparelho em aparelho conferindo as coisas, arrumando os pesos, botando ordem.
O professor vive de conversinha mole com as gostosonas. O estagiário está lá pra todo mundo.
O professor larga o expediente duas horas antes e vai malhar junto com as alunas. O estagiário tá lá até fechar, enganando a fome com suco e nutry.
Ontem vi o cúmulo do absurdo: o professor foi malhar do lado da gatinha que ele estava batendo papo. De repente começou a tocar o alarme do carro dele, estacionado em fila dupla (lógico). Ele dá uma assoviada e sinaliza pro estagiário, que sai correndo coma chave do carro pra resolver o problema...
Éééééééé...
Já dizia Bezerra da Silva... malandro é malandro...

Pororoca Astral

O termo é mais divertido, mas o significado é o mesmo... INFERNO ASTRAL
"Refere-se a um momento em que estamos mais sensíveis, com muita movimentação interna, preparando-nos para um novo nascimento. Na verdade, não há nada de infernal nessa fase, ela é apenas mais delicada e exige que demos mais atenção para nós mesmos, nossas emoções, necessidades, que façamos reavaliações e tal."
Fácil falar que não tem nada de infernal. Mas é impressionante como de uma hora para outra um azedume toma conta de tudo. E pior, você passa a esperar que tudo dê errado, afinal é a pororoca astral.
Concordo, é uma fase de reavaliação... pra mim então... estou abandonando definitivamente os inte e chegando aos inta... Muitas coisas pra pensar, muito projeto pra fazer... ou não...

Dia 1º de novembro tá chegando mesmo, só faltam 21 dias...

quinta-feira, outubro 04, 2007

Os Maiores Poluidores Vão Pagar Mais

Estava ouvindo na rádio que aprovaram o reajuste da TLP aqui em Brasília de maneira diferenciada. Ao invés do reajuste ser de acordo com a inflação, eles vão aumentar a taxa na áreas consideradas ricas e reduzir nas cidades mais pobres.
É a primeira vez na vida que presto atenção em algum imposto ou taxa (sim, eu ainda estou na faixa de privilegiados que não paga tanta coisa, fora imposto de renda e previdência). E o motivo é simples: o tipo de argumento babaca que usaram pra justificar isso.
O tal do deputado disse que áreas como Lago Sul e Park Way são ricas e por isso são os maiores poluidores. Enquanto uma quadra pode ter um reajuste de 158% só por causa de estar no Lago, o pessoal do entorno pode receber descontos de até 49% na mesma taxa.
Palhaçada!
Sabe, fico cansada de político fazer caridade com o dinheiro dos outros.
E o pior é que agora estamos na moda de colocar aqueles que não estão na tal faixa de pobreza, tão gloriosa de hoje em dia, como vilões de todos os males da sociedade. A classe média é o mal do universo, é por culpa dela que as pessoas passam fome e não tem onde morar. Parece que político esquece que quem banca essas propostas deles é a própria classe média. É só escutar um pouquinho o presidente falar... tudo é pros pobrezinhos, pros coitados, é um absurdo pagar estudo pra um universitário, mas tem que ficar inventando bolsa e benefício a cada minuto, tudo em nome do social.
Parece que ter tido a chance de estudar, de trabalhar, de batalhar a vida inteira pra comprar uma casa se tornou um crime, e bonzinho é aquele mendigo que largou a escola, que prefere vigiar carro do que procurar emprego (sabia que pedir esmola no semáforo rende quase 3 mil reais por mês?), ou aquela infeliz que põe um menino no mundo a cada ano pra ganhar mais um benefício.
Como assim maiores poluidores? Eles estão contando quantos sacos de lixo tem na porta da minha casa pra falar isso? Que eu saiba quase todas as casas das ditas áreas nobres sempre tem uma lixeira arrumadinha pra colocar o lixo, justamente pra rua não ficar suja e emporcalhada. Ninguém por aqui gosta disso. Quando é muita coisa ou está tendo obra, nós pagamos o disk entulho ou algo assim, pra não ficar aquele caos... é uma questão de educação. Agora roda um pouquinho pelas satélites... Ah, é verdade, tadinhos... não tem dinheiro nem pra comer direito, por que iriam se preocupar em não sujar as ruas?

E o que posso fazer?
Além de escrever um texto revoltado no meu blog e passar a jogar lixo na rua pra justificar o título de poluidor (quem tem a fama deita na cama, afinal de contas), não posso fazer nada... Como em quase tudo nesse país...

terça-feira, outubro 02, 2007

Estamos Resolvendo Seu Problema...

DECRETO Nº 28.314, DE 28 DE SETEMBRO DE 2007.
Demite o Gerúndio do Distrito Federal, e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo
100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:
Art. 1° - Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
Art. 2° - Fica proibido a partir desta data o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.
Art. 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 28 de setembro de 2007.
119º da República e 48º de Brasília
JOSÉ ROBERTO ARRUDA


Uahauhauahuahuahuahuahuahuahauhauhauhauhauha!!!!!!!

Podia demitir também o "mim faz" e o "a nível de" (campeões de audiência)...


quarta-feira, setembro 12, 2007

Decoro Parlamentar

Eu sabia que ia dar nisso, mas não deixo de ficar chocada e até revoltada.
Prolongaram essa lenga lenga de julgamento desde maio, falaram, aconteceram e no final caimos na mesma. Ficou mais que provado que o cara tá roubando, é safado, mas continua lá, como senador. Dizem que o senado é quase um conselho de sábios, com pessoas mais velhas, maduras, que não se levam pelos arroubos da juventude... Blá blá blá, só sabem de roubos mesmo, ou pelo menos de como escondê-los ou acobertá-los.
Acho que deveriam cobrir o gramado do congresso com pizzas, embora não vá mudar em nada isso tudo, só dar uma fome danada em quem estiver passando.
Ridículo ver como a constituição acoberta o serviço safado daqueles que deveriam servir ao povo. Todo mundo revoltado com a história (por mais que tenha muito de manipulação via imprensa, afinal consciência política não é o forte do povo brasileiro), exigindo uma resposta e eles vão lá e fazem a mesma merda de sempre. Voto secreto? Sessão secreta??? Tenha dó!!!
Bonito ver antigos aliados brigando, só porque estão em lados diferentes da brincadeira. Engraçado ver pólos opostos se abraçando por causa da situação. Lindo saber que alguém levou um soco do Gabeira. Mas ainda assim é tudo parte de uma palhaçada só.

terça-feira, setembro 04, 2007

Viva a Noite!!!! Viva!! Viva!!!!

Lá pelos perdidos da década de 80 existia um programa na noite do sábado, com um tal de Gugu Liberato. Tinha uns joguinhos bestas, competição entre homens e mulheres, troféu viva a noite (uma lua de neon brega até dizer chega), mulheres rebolando num palco... Inesquecível a competição para decidir quem seria o Rambo Brasileiro (começo a chorar de rir só de lembrar)...
Qual não foi minha surpresa ao descobrir esse final de semana que ressucitaram esse programa...
Mais surpresa ao descobrir que os apresentadores são a Gil (de alguma banda baiana que não lembro qual) e o Supla... sim, o papito, o Billy Idol tupiniquim, o punk, aquele do cabelo amarelo espetado...
O esquema é o mesmo, só que agora com "estrelas" um tanto decadentes participando da competição. Tava lá o Mateus Carriere, que pelo que me lembre fez casa dos artistas e filme pornô, a Syang, que pelo que me lembre um dia se chamou Simone Death e tocava guitarra no P.U.S. (bandinha bizarra) e que hoje faz gênero de gostosa patricinha com uma garrafa pet de silicone em cada peito, umas funkeiras pra mostrar a bunda e dois desconhecidos no time dos homens.
Eu não conseguia acreditar no que estava vendo. Fazia tempo que não ria tanto. Sem contar a nostalgia. Tem um cara vestido de mão, que parece estar dando o dedo pra todo mundo e fica apalpando as "dançarinas" no palco.
Pra finalizar entra ele, o punk, o Supla... cantando a música do passarinho... sim, aquela música ridícula que o Gugu rebolava ao fim de cada programa. É claro que numa versão mais rock, mais pesada (se assim posso dizer).
Impagável!!

Viva a noite!!!! Viva o trash!!!!!


P.S. : tentei postar o vídeo, mas se der pau, ta ai o link
http://www.youtube.com/watch?v=uVVpn7zf7qY

sexta-feira, agosto 31, 2007

Aleatórios

Não aguento mais a música da Fergie... big girls don´t cry toca a cada 22 minutos na rádio que o vigia no meu trabalho ouve. Dá vontade de chorar, feito criança, de raiva pelo menos...

Pestilento! Descobri que esse xingamento no trânsito é uma delícia... sai sonoro, redondo e apropriado. Coloca pra fora todo o ódio que estou sentindo quando tem uma coleção de mulas na minha frente...

Psicólogos não deveriam fazer palestras. Parece que é inevitável resistir à tentação de uma dinâmica rápida pra unir a galera, ou falar um monte de psicologismos de buteco. Sem contar aqueles que não sabem fazer palestras mesmo, que ficam lá com o microfone parecendo uma maraca, falando uma pá de coisas sem sentido. Psicólogo não e animador de torcida não está lá pra aquecer platéia. Mas parece que a maioria esquece disso, e na tentativa de ter uma fala calorosa se perde num monte de baboseiras...

Eu sou psicóloga. a propósito ontem fez 6 anos que me formei. Eu não faço palestras. Tenho medo de público e sei bem disso. Deveria tentar me curar, mas enquanto esse momento de iluminação não vem, não assumo a responsabilidade de apresentar a palestra dos outros num fórum...

Ainda sobre palestras... o problema não é estar acima do peso, mas subir ao palco com sua maraca, quero dizer, seu microfone, e ficar desfilando o adiposo umbiguinho não pega bem... era um fórum...tinha juiz pra todo lado... pega mal... arruma a droga da blusinha apertada, escolhe melhor a roupa...foda...

Tamagochis... lembrei desses brinquedinhos do inferno, que vez ou outra aparecem no mercado com novas variações. Pois pensei, o tamagochi dos adultos hoje em dia é o celular. Ele faz barulho pra tudo, exige sua atenção a todo momento, a cada tecla apertada lá vem um milhão de alegorias. Você perde um tempo do mundo ajustando aquilo pras suas necessidades (já viu quantos opcionais existem num celular hoje?), muda musiquinha, muda o jeito que vibra (hehehehe), o modo que dá alarme pras coisas. Se deixar vai metade do dia só pra mandar uma mensagem. e era só pra ser um celular...

Existe o para pan automobilismo? Se existe é em Taguatinga (nada pessoal). Já acostumei ao congestionamento nos locais onde estão acontecendo as reformas, mas passar meia hora presa num trânsito infernal sem nenhuma obstrução na pista não tem justificativa...

A turma do trabalho é muito divertida, estão sempre comemorando alguma coisa. É legal, mas o potencial de falência é altíssimo. Pelo menos 3 vezes na semana tem uma vaquinha pra comprar algo... é o bolão da mega sena, é a comemoração dos aniversários, é a comemoração disso... daquilo... Nessa brincadeira vai o auxílio refeição fácil fácil...

Ouvi na CBN outro dia que o futuro do mercado de trabalho é ser dominado pelas mulheres enquanto os homens viram donos de casa. Fala sério!!! Se eu quisesse como meu companheiro um dono de casa, que fica cuidando de tudo me esperando chegar do trabalho, eu virava lésbica e pegava mulher... cadê aquele lance de se desenvolver, realização profissional, essas coisas que repetem nos nossos ouvidos desde que nascemos? Homem não precisa ser um porco cafajeste e coçando o saco e pedindo cerveja, mas virar uma moça também não dá. E olha que estou tentando não ser preconceituosa demais... acho que não consegui... a única imagem que me vem à cabeça é chegar em casa e encontrar um cara de avental reclamando da fila do supermercado e do preço do tomate...

Lembrei da adolescência... quando tinha meus dezenove, vinte anos, a galera amava desfilar seus carros: olha só o meu turbinado Fusca 74!!! Olha que show, o meu Fiat Uno!!! Novinho!!! Era a glória, afinal ter um carro era assombroso de bom. Não importava a marca, era importante ter um, simples assim. Hoje, que os inte foram e estamos quase nos inta, carro é quase acessório. Todos chiquérrimos, importados, lustrosos, shagadelics. E todo ano tem um novo... Viva o mercado de consumo! Viva o salário!!! Realmente nos tornamos adultos...

Butecos. Não tem cerveja melhor que a de um buteco, naquele copinho americano quase sujo, naquele ambiente duvidoso... Muito bom... Mas a idade também chega nesses aspectos... por mais que seja a melhor e mais gelada das cervejas, aquelas comidinhas de acompanhamento ninguém merece. Acabo indo pro lugares não tão aconchegantes, mas que pelo menos tem uma batatinha frita... torresmo tô fora...

quinta-feira, agosto 23, 2007

Germes

Estava lá na academia, fazendo minha esteira tranquilamente, ouvindo minhas musiquinhas e olhando a tv. Começou um programa desses sobre bem estar e como viver melhor com uma reportagem fantástica sobre como lavar as mãos.
Pois é assim que nascem as compulsões.
Na tal reportagem eles mostram experiências simples que mostram o quanto as mãos ficam sujas e cheias de germes quando se vai ao banheiro, ou então mostram o que é mais cheio de germes: a cara, a mão ou a bunda (sim, eles mostraram isso). Mostraram os rastros deixados pelos famigerados germes em uma casa com crianças... germes, germes, germes...
De repente, deu uma vontade louca de lavar as mãos. Eu ali, pegando naquela esteira toda suada, que outras pessoas colocaram as mãos, que passaram sabe Deus por onde... pronto, tava louca.
Terminei meus exercícios e fui lavar as mãos, do jeitinho que apresentador ensinou.
Só quer não parou por ai. Desde terça feira, quando vi o raio do programa, tenho gastado um tempo diferente só lavando as mãos. Pode ser falta do que fazer, tempo ocioso sobrando, ansiedade, sei lá... só sei que estou que nem aqueles casos que tanto li de manias de limpeza.
Que droga!!!
Parece piada. E quanto mais penso no ridículo da situação, mais penso nos germes.
Caracas, eu vivi a minha vida inteira andando descalça, brincando na terra, despreocupada com isso, e agora, nessa altura do campeonato, me vejo pensando em como pegar a torneira do banheiro sem encher de germes minha mão recém lavada.
RIDÍCULO!!!!!
Eu acho que isso passa semana que vem, não consigo me prender em hábitos frequentes e rotinas. Pelo menos assim espero.

terça-feira, agosto 21, 2007

Céu de Brigadeiro

Embora não seja uma época muito boa pra se falar de brigadeiros, céu...
Completei 2 semanas na academia e vou bem, obrigada. Descobri que meu corpo todo está muito mais preguiçoso do que eu imaginava, mas agora já posso dar umas puxadas. ainda to achando a série muito fraquinha, afinal não fiquei doendo nenhum dia, mas estoiu aprendendo a me controlar (antes que me estoure por bobeira e ansiedade).
Finalmente vou trabalhar pela manhã!!! Desde que entrei no meu emprego peço por isso, mas sempre me negaram. Agora, sme mais nem menos, a chance pulou no meu colo.
Por falar em chances, descobri essa semana que a vaga que estou ocupando não existia, foi um erro do RH ir parar lá. E veja como são as coisas, essa mudança, da qual tanto reclamei no princípio, só me trouxe benefícios. Não posso negar que estou motivada, não reclamo mais do trabalho, saio mais cedo pra chegar lá tranquila, voltei a ter horário de alimentação (ainda não saio pra almoçar, porque também é apelação), meus colegas são um barato, sem aquele clima de fofoca e conspiração. Pois nem era pra eu estar lá... agora que minha colega está saindo eu fico definitivamente, ainda escolhendo o horário que é melhor pra mim. Papai do céu caprichou no presente!
Faz um tempo que parei de ouvir noticiários, só escuto o Arnaldo Jabor e o cara falando sobre dicas de RH. cansada de ficar discutindo sobre crise aérea, sobre Renan, sobre o raio que o parta, estou naquelas fases nas quais acho que não adianta nada isso, só criar confusão e gastrite. fala sério, tem cada comentário que parece brincadeira, e o palhaço somos nós... to fora (por enquanto, adoro entar nesses debates).
Enfim, tudo em vermelhas nuvens ( a secura ta de matar, poeira de terra pra todo lado)...

sexta-feira, agosto 10, 2007

Acalmando o Cão Raivoso

Gosto de dar uma relida nos meus posts, ver o que já escrevi, as idéias que tive ou os infortúnios que passei. Chamou a atenção o espírito de pit bull raivoso presente em muitos deles. Lá estou falando que odeio isso, odeio aquilo, detesto outra coisa, acho tudo meio que ridículo. No final das contas estou semrpe destilando fel.
Claro, acontecem muitas situações que deixariam qualquer um louco no dia a dia. Quase como que cada novo dia fosse um teste para sua resistência e paciência. Mas ao invés disto virar mais uma coleção de histórias pra contar, se tornam linhas intermináveis, e pior, momentos intermináveis de raiva, de inconformismo, de não aceitação.
Sempre achei lindo o ranzinza way of life. Viver resmungando com tiradas ágeis é muito charmoso (alguém já viu House?), sempre foi assim nos filmes e funcionava. Pena que na vida real não funciona tão bem. Se você é ranzinza, não é charmoso, é só chato mesmo. As pessoas evitam comentar as coisas com você porque sabem que lá vem mais uma avalanche de considerações e reclamações articuladas.
Pois é, acho que me prendi nesse olhar crítico e mordaz para tudo, como se tivesse ligado o botão e não conseguisse desligar. E a cada incongruência entre meus achismos e a realidade lá vem uma metralhadora de comentários e argumentos, que muitas vezes poderiam ser dispensados.
Afinal, quem eu estou mudando com minhas caraminholações?
Há algum tempo adotei uma política de cala boca pra mim. Um exercício diário de não julgar nada nem ninguém, afinal não sei se faria o mesmo que esse alguém se passasse pela mesma coisa. Por sinal, tomei esta medida após constatar que na maior parte da minha vida acabei agindo de maneira inesperada, até oposta, às minhas crendices pessoais e pontos de vista (o calo dói em quem está usando o sapato, não em quem está olhando de fora, afinal).
Até que tenho conseguido praticar isso bem, mas tem seus efeitos colaterais. Primeiro que me sinto amarrada. Olho as situações a minha volta e permaneço de boca fechada, e até de pensamento fechado: "não vou julgar, já passei por isso e não consegui fazer diferente", "fica quieta, porque se eu passasse por isso (droga, lá vou eu pagar a língua de novo) não sei se teria coragem de fazer isso que estou falando". Outro resultado dessa política é essa necessidade de destilar o veneno contra o mundo. Como não estar puto com a política? Como não criticar decisões arbitrárias ou descobertas científicas idiotas (li uma reportagem fabulosa sobre patos homossexuais necrófilos... um primor)? Pelo menos são coisas que não vou pagar a língua depois.
Não é criar um mundo Poliana Plus, não é aceitar o mundo com tudo que está errado e achar bonitinho. Mas viver mordendo ar, reclamando de tudo e todos não é das melhores opções. Visceral demais. Desgastante também.
Engraçado que pensei em um post completamente diferente deste. Agora que li vejo uma viagem misturada com auto-análise. Como não me analisava faz tempo, já valeu.


P.S. Estava revirando meus papéis aqui no trabalho e achei esse texto. Acho que escrevi em março desse ano. Só que ele ficou esquecido na pasta esse tempo todo. Não lembro muito bem o que estava acontecendo naquela época pra dar o start de escrevê-lo, mas hoje quando reli gostei... Ta aí, publicado.