Férias também incluem os passeios clássicos de turista.
Mergulhar em piscinas naturais é um deles.
Sempre respirei muito bem pela boca graças à asma e adenoides. Então o maior obstáculo estava superado.
Pena que não é tão simples assim.
Fomos pro mergulho point, receber o cursinho teórico obrigatório, saber como funciona o equipamento, sinais debaixo da água, essas coisinhas.
Bom, existem coisas óbvias, tipo, você tem que respirar debaixo d´água senão morre... isso é tranquilo. Mas quando aparece no vídeo demonstrativo que se prender a respiração (um reflexo quando vai mergulhar) seu pulmão pode explodir devido à diferença de pressão, começa a ficar um tanto preocupante. Por sinal, esse lance de pressão é assustador mesmo, explode ouvido, pulmão, dá embolia... fantástico, acho que era tipo uma prova de que você quer mergulhar mesmo. Eles mostram tudo que pode dar errado, te dão o termo de responsabilidade, e te levam pro mar numa boa.
Neoprene é equivalente a uma cirurgia plástica: vestir a roupa só dentro da água mesmo. E depois que conseguiu se enfiar lá a sensação é que reduziu uns 2 números de manequim.
Ai põe equipamento, pendura cinto de chumbo, cilindro, máscara... e pronto.
Quando baixei um pouco pra testar a respiração desesperei. Começou a falta de ar, adrenalina, tremedeira, avisei que não ia mais, que tinha desistido, que ia morrer por não conseguir respirar... Ainda bem que o instrutor está acostumado com esse tipo de xilique, e simplesmente me pegou pela mão e foi me levando.
Respirar, que é algo tão imperceptível e espontâneo, se torna um foco fundamental... mesmo que não queira pensar sobre, fica ouvindo cada bolha que entra e sai, como se usasse a máscara do Darth Vader (meeeeesssmo!).
Como todo passeio turístico tinha fotos também. Toda vez que o instrutor via um lugar tranquilo me aportava num coral e começava a bater fotos. E eu era coberta de peixes. Essa aqui em cima é uma das poucas em que posso me ver de verdade.
E o fantástico disso: já conhecia minha cara de bêbada... agora conheço minha cara de desespero e medo, do tipo "pelo amor de Deus, me tira daqui!"
Mas o cara estava certo, depois de um tempo nem percebe mais e começa a realmente curtir o passeio. Acho que é justamente nesse momento que ele acaba... deve ser estratégia pra ficar com o gostinho de quero mais.
Quando sai do mar fica aquela sensação de que quer voltar...
Desesperos à parte, foi bom demais!!!
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