terça-feira, junho 24, 2008

Setor Noroeste (ou Por Tupã, ou ainda, Poltergeist Ataca Novamente)


Parece uma novela esse lance da construção do Setor Noroeste. Aqui terra vale mais que ouro, já que os planejamentos da capital não incluiam o crescimento da população (quem poderia esperar que uma capital fosse atrair migrantes?). De fato, tem gente saindo pelo ladrão e pouco lugar pra enfiar todo mundo.
Quando liberaram o esquema da nva áre residencial não-invasão, acertaram tudo, mostraram o mega projeto, eis que surge um grupo de índios. Sim, pele vermelha, moradores do Brasil pré Cabral. Pois bem, eles disseram que a terra onde será o Noroeste é sagrada e eles não vão sair dali. Primeiro o papo era que tinha um cemitério de antepassados, agora o local é sagrado por causa de Tupã.
A tal tribo consegue um feito fabuloso: junta uma cambada de etnias, o que já é admirável, afinal índios se organizam igual torcidas de futebol: o meu que é bom e o resto tem que morrer. Eles afirmam que estão ali faz tempo e fixaram suas raízes e origens, tornando essa super área valorizada local de importância sem igual.
É interessante destacar que quando desapropriaram as terras pra construir Brasília não tinha índio por aqui... Então essas raízes nem são lá essas coisas...
O mais divertido da história toda é saber que a tribo, super politizada e consciente de seus direitos pediu só 80 milhões de indenização pra sair do local... Bonitinho né? Agora, nós, caras pálida, já sabemos que Tupã vale milhões...
Eles podiam aproveitar o embalo e o advogado, que vai receber uma fortuna se conseguir convencer alguém dessa loucura, e já pedir uma reparação pelos 500 anos de opressão sofridos pela comunidade indígena (isso tá mais que na moda).

Bom, eu já sei que lá não moro mesmo, as últimas referências que tive de residência e terra indígena não foram lá muito animadoras...

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