Minha amiga do trabalho me chamou pra ir ao samba... A tal terça carioca do Café Cancun
Não ia lá há séculos (creio que uma das últimas eu bebi toda a tequila do mundo e só faltei subir no palco pra dançar... mas deixa quieto) mas resolvi deixar de ser tonta e fui. Samba não é lá muito a minha praia, mas, como não posso me isolar na década de 80 como referência de estilo musical, achei que seria interesante.
Pois foi uma noite de valiosos aprendizados...
Fantástico o efeito da Dança dos Famosos no Faustão. Todo mundo acha que sabe dança de salão, e lá era a oportunidade perfeita pra mostrar os passinhos de gafieira aprendidos no curso do instituto universal. Antes só havia esse tipo de movimentos bailístico em lugares bem específicos, como o Caribeño, mas agora é pop!
Por sinal, não basta os passinhos ensaiados na frente do espelho... tem a produção...Yeah! Você não pode ir pra um evento desse sem estar vestido a caráter. Se a noite evoca o estilo carioca da Lapa tem que rolar uns vestidos estilosos acompanhados de um belo chapéu Panamá (pode ser da feira), salto altíssimo e um super maquiagem, além de muitos, muitos balangandãs. É claro que tem os alternativos, que adaptam isso ao seu próprio estilo e usando um belo gorro-boné como cobertura para a cachola. Lindo de morrer!!!
Requebrado não é como andar de bicicleta. Você perde mesmo o rebolado. Um custo conseguir pegar o ritmo e mantê-lo por mais de 8 repetições. Quando eu percebia já estava fora de compasso de novo. Achava que meus happy hours no Pruscoco iam me garantir uma ginga de Coisinha de Jesus nível 6 ou 7 pro resto da vida... NADA! Se alcancei o Coisinha de Jesus nível 3 já foi muito.
Ai entra outro aspecto importante: lei seca...sem aditivo nenhum nem deu pra me soltar mais e esquecer o papel de idiota que fazia cada vez que perdia o rumo da dança. E olha que nunca fui de beber tanto, mas devo confessar que uma cervejinha favorece a malemolência e depois da tal lei eu estou louca por um chopps!!
Outro aprendizado importante: nunca, NUNCA MESMO, beba cerveja sem alcool. Todo mundo com seu copinho de cerveja e pensamos: vamos experimentar uma sem alcool só pra matar a saudade. Aquilo é a bebida fermentada pelo capeta!! Troço ruim!!!
Beto Barbosa ainda existe e estava lá ontem. Só que dançar semi lambada não combina com sambinha. Assim como o menudo fora de época fazendo passinhos de boate na frente da parceira. Quase derrubaram um tapume com rodopios.
Sim, eu não estava dando nenhum show de dança, mas me dou o direito de falar mal... veneno é tudo nessas horas. E por sinal, minha amiga compartilha do mesmo pensamento e veneno... no final da noite nem precisávamos falar, só de trocar olhares já sabíamos a piada.
Falta uma homenagem honrosa aos companheiros com dois pés esquerdos mancos. Aqueles caras esforçados, que não sabem dançar nada, e são conscientes disso, mas mesmo assim vão com suas companheiras só para estar lá e fazer a felicidade da amada. Você via a mulher lá, arrasando na Sapucaí, e o cara juntinho, marcando a presença e tentando não quebrar o dedo do pé da parceira com os pisões. Mas participando... Botei fé...
Eu queria ser adolescente pra não sentir frio e ir pra balada numa noite de 9 graus com uma roupinha de praia... Se bem que minha mãe me deu noção (ouvir da mãe que você está vestida como uma prostituta por causa do comprimento do vestido constrói o caráter e cria traumas, sabia?) e já não fazia isso antes quando a idade me permitia, mas vá lá...
Na boa, me diverti horrores!!!
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