quarta-feira, dezembro 21, 2005

Eu Achei...

Adoro músicas. Acho que elas encontram as palavras que expressam meus sentimentos de uma maneira bastante interessante.
Eu estava ouvindo um CD velho, e junto dele vieram vários pensamentos. A música ai embaixo embalou muitos pensamentos conturbados, falou o que eu sentia lá no fundo, o que eu queria que acontecesse... Essa era a minha música ( e não vou entrar no mérito de quem gosta ou não dela, afinal isso é o que menos importa), o meu momento.
E como foi um momento difícil, tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, rápido demais, sem piedade ou tempo para tomar fôlego.Quem estava ao meu lado (agora escrevendo que percebi quanto tempo faz) não conseguia perceber as sutilezas e detalhes do que se passava, o meu sorriso de formatura escondia um mudo de dúvidas, de inconformismos, de questionamentos, mas eu estava triste e perdida, e mais que nunca me sentia só.
Pois é, o tempo foi passando, eu nem dei tanta atenção a esta passagem na verdade, deixei as coisas do jeito que estavam por convicção de que não poderia mudá-las ou melhorá-las.
Só que agora, num gesto simples de escutar um CD antigo pude perceber que nem tudo ficou parado. Que as mudanças vieram, mas tão tranquilamente que nem percebi. E que ela continuam sempre acontecendo, me mostrando cada dia um pedaço novo de mim, moldando mais um traço ou mais uma esquisitice.
Acho que encontrei o que estava procurando...

Somewhere I Belong

When this began I had nothing to say
And I'd get lost in the nothingness inside of me
(I was confused)
And I let it all out to find that
I'm not the only person with these things in mind
(Inside of me)
but all the vacancy the words revealed
Is the only real thing that I've got left to feel
(Nothing to lose)
Just stuck, hollow and alone
And the fault is my own
And the fault is my own

I wanna heal, I wanna feel
What I thought was never real
I wanna let go of the pain I've held so long
(Erase all the pain till it's gone)
I wanna heal, I wanna feel
Like I'm close to something real.
I want to find something I've wanted all along
Somewhere I belong

And I've got nothing to say
I cant believe I didn’t fall right down on my face
(I was confused)
looking everywhere only to find that it's
Not the way I had imagined it all in my mind.
(So what am I)
What do I have but negativity
Cause I cant justify the way everyone is looking at me
(Nothing to lose)
Nothing to gain, hollow and alone
And the fault is my own
And the fault is my own

I wanna heal, I wanna feel
What I thought was never real
I want to let go of the pain I've held so long
(Erase all the pain till it's gone)
I wanna heal, I wanna feel
Like I'm close to something real
I want to find something I've wanted all along
Somewhere I belong

I will never know
Myself until I do this on my own
And I will never feel
Anything else until my wounds are healed
I will never be
Anything 'til I break away from me
And I will break away
I'll find myself today

I wanna heal, I wanna feel
What I thought was never real
I want to let go of the pain I've held so long
(Erase all the pain till it's gone)
I wanna heal, I wanna feel
Like I'm close to something real
I want to find something I've wanted all along
Somewhere I belong

I wanna to heal, I wanna to feel like
I'm somewhere I belong
I want to heal, I want to feel like
I'm somewhere I belong
Somewhere I belong

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Filosofando..

Eu estava conversando com a Camila dia desses, filosofando sobre a vida, trocando idéias mesmo. Uma dessas eu resolvi colocar aqui. Ela falou que tinha encontrado uma música que definia o que era realmente gostar de alguém, com toda sua complexidade e simplicidade, que falava de simplesmente de querer estar junto e pronto... Bom, achei a idéia interessante, e até que gosto dessa música (apesar de não não gostar da banda). Enfim, lá vai...

Só hoje
"Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar a boca de um jeito que te faça rir

Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz

Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
Em estar vivo

Hoje eu preciso tomar um café, ouvir você suspirar
Me dizendo que eu sou causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre

Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje"

terça-feira, dezembro 13, 2005

Blue Eyes

O que se esconde por trás desses olhos?
Por que tanta tristeza assim?
O que você quer que eu diga?
Os segredos publicados em jornal já não surpreendem mais, já são notícias antigas.
Mas pelo que tanto batalhas afinal?
A verdade paira sobre este campo, mas quem quer observá-la?
São pequenos sacrifícios, mas ao mesmo tempo imensos, que tornam essa jornada dura. E ao final, aonde essa estrada nos leva?
Carregamos nossos sonhos, colocamos eles na mesa. Até quando eles merecem ser defendidos?
Qual o preço desta escolha?
Às vezes percebemos, tarde demais que nem todos os sonhos se tornam reais, porque assim que deve ser.
São sonhos, e não realidade. Mas damos a eles um poder e valor tão grandes que não vemos todo o resto, não vemos tudo que estamos queimando só para torná-los reais. Infelizmente sonhos são apenas sonhos.
Quando eles se tornam concretos perdem aquela névoa mística que tinham antes e se tornam mais uma dura realidade, como todas as outras, com suas arestas.
Não condeno. Faz parte defender os sonhos. O que seria da vida sem eles?
Pensar, correr, voltar, lutar, o que vale a pena?
Buscar a simplicidade não basta, pois simplesmente ter que buscá-la já acaba com a idéia de ser simples.

Ainda não percebeu que você é quem esta escrevendo a música mais triste?
E ela continua tocando, pra você e pra mim...

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Can I Play With Madness

Só divagando...

O que é a sensação contínua de que as coisas estão fora do lugar? O aperto no peito e a cabeça a mil? Como silenciar os pensamentos que nem atrapalham tanto o estar no mundo, mas dificultam muito estar em você mesmo?

Como é se perceber à parte da própria vida, vendo tudo passar adiante como num filme, simplesmente passando? Acelera, pausa, volta... o pior, é um filme que você só esta assistindo porque não tem nada melhor pra fazer naquele momento.

Como entender todos os sentimentos que passam de uma vez só, tão estanques e ao mesmo tempo contínuos? Transitar da contemplação ao desprezo, da paz para o ódio, sem nem perceber, sem nem sentir que algo aconteceu...

O que é passar horas dissecando os pedaços daquilo que se chama realidade, juntando e remontando, destruindo e reconstruindo tudo que acontece, uma, dez, mil vezes ao dia sem, entretanto, chegar a conclusão alguma? Querer montar seu personagem para aquela peça, mas não sabe qual o papel é seu, afinal....

Acordar, interagir, viver, como era de se esperar, mas mantendo aquele olhar de anestesia. Duvidar daquilo que se vê e apostar no invisível.

Montar sua colcha de retalhos usando cenas de filme, memórias reais, trilhas sonoras, memórias que pensa ter vivido, lembranças do que nunca foi fato, histórias que ouviu em alguma mesa ao lado.

Como aceitar a vontade de quebrar o próprio peito, de afundar os dedos sob a pele e se rasgar, acreditando que a dor vai trazer um pouco de realidade? Como segurar tanto tempo o grito preso na garganta, os punhos cerrados, a respiração entrecortada?

O que fazer com o sono que não vem ou que nunca vai embora?

Murmúrios, pensamentos, palavras.

Se resignar a sua condição... Palavras ditas ao vento por lábios adormecidos... agora é aceitar e seguir com a vida...