sexta-feira, agosto 31, 2007

Aleatórios

Não aguento mais a música da Fergie... big girls don´t cry toca a cada 22 minutos na rádio que o vigia no meu trabalho ouve. Dá vontade de chorar, feito criança, de raiva pelo menos...

Pestilento! Descobri que esse xingamento no trânsito é uma delícia... sai sonoro, redondo e apropriado. Coloca pra fora todo o ódio que estou sentindo quando tem uma coleção de mulas na minha frente...

Psicólogos não deveriam fazer palestras. Parece que é inevitável resistir à tentação de uma dinâmica rápida pra unir a galera, ou falar um monte de psicologismos de buteco. Sem contar aqueles que não sabem fazer palestras mesmo, que ficam lá com o microfone parecendo uma maraca, falando uma pá de coisas sem sentido. Psicólogo não e animador de torcida não está lá pra aquecer platéia. Mas parece que a maioria esquece disso, e na tentativa de ter uma fala calorosa se perde num monte de baboseiras...

Eu sou psicóloga. a propósito ontem fez 6 anos que me formei. Eu não faço palestras. Tenho medo de público e sei bem disso. Deveria tentar me curar, mas enquanto esse momento de iluminação não vem, não assumo a responsabilidade de apresentar a palestra dos outros num fórum...

Ainda sobre palestras... o problema não é estar acima do peso, mas subir ao palco com sua maraca, quero dizer, seu microfone, e ficar desfilando o adiposo umbiguinho não pega bem... era um fórum...tinha juiz pra todo lado... pega mal... arruma a droga da blusinha apertada, escolhe melhor a roupa...foda...

Tamagochis... lembrei desses brinquedinhos do inferno, que vez ou outra aparecem no mercado com novas variações. Pois pensei, o tamagochi dos adultos hoje em dia é o celular. Ele faz barulho pra tudo, exige sua atenção a todo momento, a cada tecla apertada lá vem um milhão de alegorias. Você perde um tempo do mundo ajustando aquilo pras suas necessidades (já viu quantos opcionais existem num celular hoje?), muda musiquinha, muda o jeito que vibra (hehehehe), o modo que dá alarme pras coisas. Se deixar vai metade do dia só pra mandar uma mensagem. e era só pra ser um celular...

Existe o para pan automobilismo? Se existe é em Taguatinga (nada pessoal). Já acostumei ao congestionamento nos locais onde estão acontecendo as reformas, mas passar meia hora presa num trânsito infernal sem nenhuma obstrução na pista não tem justificativa...

A turma do trabalho é muito divertida, estão sempre comemorando alguma coisa. É legal, mas o potencial de falência é altíssimo. Pelo menos 3 vezes na semana tem uma vaquinha pra comprar algo... é o bolão da mega sena, é a comemoração dos aniversários, é a comemoração disso... daquilo... Nessa brincadeira vai o auxílio refeição fácil fácil...

Ouvi na CBN outro dia que o futuro do mercado de trabalho é ser dominado pelas mulheres enquanto os homens viram donos de casa. Fala sério!!! Se eu quisesse como meu companheiro um dono de casa, que fica cuidando de tudo me esperando chegar do trabalho, eu virava lésbica e pegava mulher... cadê aquele lance de se desenvolver, realização profissional, essas coisas que repetem nos nossos ouvidos desde que nascemos? Homem não precisa ser um porco cafajeste e coçando o saco e pedindo cerveja, mas virar uma moça também não dá. E olha que estou tentando não ser preconceituosa demais... acho que não consegui... a única imagem que me vem à cabeça é chegar em casa e encontrar um cara de avental reclamando da fila do supermercado e do preço do tomate...

Lembrei da adolescência... quando tinha meus dezenove, vinte anos, a galera amava desfilar seus carros: olha só o meu turbinado Fusca 74!!! Olha que show, o meu Fiat Uno!!! Novinho!!! Era a glória, afinal ter um carro era assombroso de bom. Não importava a marca, era importante ter um, simples assim. Hoje, que os inte foram e estamos quase nos inta, carro é quase acessório. Todos chiquérrimos, importados, lustrosos, shagadelics. E todo ano tem um novo... Viva o mercado de consumo! Viva o salário!!! Realmente nos tornamos adultos...

Butecos. Não tem cerveja melhor que a de um buteco, naquele copinho americano quase sujo, naquele ambiente duvidoso... Muito bom... Mas a idade também chega nesses aspectos... por mais que seja a melhor e mais gelada das cervejas, aquelas comidinhas de acompanhamento ninguém merece. Acabo indo pro lugares não tão aconchegantes, mas que pelo menos tem uma batatinha frita... torresmo tô fora...

quinta-feira, agosto 23, 2007

Germes

Estava lá na academia, fazendo minha esteira tranquilamente, ouvindo minhas musiquinhas e olhando a tv. Começou um programa desses sobre bem estar e como viver melhor com uma reportagem fantástica sobre como lavar as mãos.
Pois é assim que nascem as compulsões.
Na tal reportagem eles mostram experiências simples que mostram o quanto as mãos ficam sujas e cheias de germes quando se vai ao banheiro, ou então mostram o que é mais cheio de germes: a cara, a mão ou a bunda (sim, eles mostraram isso). Mostraram os rastros deixados pelos famigerados germes em uma casa com crianças... germes, germes, germes...
De repente, deu uma vontade louca de lavar as mãos. Eu ali, pegando naquela esteira toda suada, que outras pessoas colocaram as mãos, que passaram sabe Deus por onde... pronto, tava louca.
Terminei meus exercícios e fui lavar as mãos, do jeitinho que apresentador ensinou.
Só quer não parou por ai. Desde terça feira, quando vi o raio do programa, tenho gastado um tempo diferente só lavando as mãos. Pode ser falta do que fazer, tempo ocioso sobrando, ansiedade, sei lá... só sei que estou que nem aqueles casos que tanto li de manias de limpeza.
Que droga!!!
Parece piada. E quanto mais penso no ridículo da situação, mais penso nos germes.
Caracas, eu vivi a minha vida inteira andando descalça, brincando na terra, despreocupada com isso, e agora, nessa altura do campeonato, me vejo pensando em como pegar a torneira do banheiro sem encher de germes minha mão recém lavada.
RIDÍCULO!!!!!
Eu acho que isso passa semana que vem, não consigo me prender em hábitos frequentes e rotinas. Pelo menos assim espero.

terça-feira, agosto 21, 2007

Céu de Brigadeiro

Embora não seja uma época muito boa pra se falar de brigadeiros, céu...
Completei 2 semanas na academia e vou bem, obrigada. Descobri que meu corpo todo está muito mais preguiçoso do que eu imaginava, mas agora já posso dar umas puxadas. ainda to achando a série muito fraquinha, afinal não fiquei doendo nenhum dia, mas estoiu aprendendo a me controlar (antes que me estoure por bobeira e ansiedade).
Finalmente vou trabalhar pela manhã!!! Desde que entrei no meu emprego peço por isso, mas sempre me negaram. Agora, sme mais nem menos, a chance pulou no meu colo.
Por falar em chances, descobri essa semana que a vaga que estou ocupando não existia, foi um erro do RH ir parar lá. E veja como são as coisas, essa mudança, da qual tanto reclamei no princípio, só me trouxe benefícios. Não posso negar que estou motivada, não reclamo mais do trabalho, saio mais cedo pra chegar lá tranquila, voltei a ter horário de alimentação (ainda não saio pra almoçar, porque também é apelação), meus colegas são um barato, sem aquele clima de fofoca e conspiração. Pois nem era pra eu estar lá... agora que minha colega está saindo eu fico definitivamente, ainda escolhendo o horário que é melhor pra mim. Papai do céu caprichou no presente!
Faz um tempo que parei de ouvir noticiários, só escuto o Arnaldo Jabor e o cara falando sobre dicas de RH. cansada de ficar discutindo sobre crise aérea, sobre Renan, sobre o raio que o parta, estou naquelas fases nas quais acho que não adianta nada isso, só criar confusão e gastrite. fala sério, tem cada comentário que parece brincadeira, e o palhaço somos nós... to fora (por enquanto, adoro entar nesses debates).
Enfim, tudo em vermelhas nuvens ( a secura ta de matar, poeira de terra pra todo lado)...

sexta-feira, agosto 10, 2007

Acalmando o Cão Raivoso

Gosto de dar uma relida nos meus posts, ver o que já escrevi, as idéias que tive ou os infortúnios que passei. Chamou a atenção o espírito de pit bull raivoso presente em muitos deles. Lá estou falando que odeio isso, odeio aquilo, detesto outra coisa, acho tudo meio que ridículo. No final das contas estou semrpe destilando fel.
Claro, acontecem muitas situações que deixariam qualquer um louco no dia a dia. Quase como que cada novo dia fosse um teste para sua resistência e paciência. Mas ao invés disto virar mais uma coleção de histórias pra contar, se tornam linhas intermináveis, e pior, momentos intermináveis de raiva, de inconformismo, de não aceitação.
Sempre achei lindo o ranzinza way of life. Viver resmungando com tiradas ágeis é muito charmoso (alguém já viu House?), sempre foi assim nos filmes e funcionava. Pena que na vida real não funciona tão bem. Se você é ranzinza, não é charmoso, é só chato mesmo. As pessoas evitam comentar as coisas com você porque sabem que lá vem mais uma avalanche de considerações e reclamações articuladas.
Pois é, acho que me prendi nesse olhar crítico e mordaz para tudo, como se tivesse ligado o botão e não conseguisse desligar. E a cada incongruência entre meus achismos e a realidade lá vem uma metralhadora de comentários e argumentos, que muitas vezes poderiam ser dispensados.
Afinal, quem eu estou mudando com minhas caraminholações?
Há algum tempo adotei uma política de cala boca pra mim. Um exercício diário de não julgar nada nem ninguém, afinal não sei se faria o mesmo que esse alguém se passasse pela mesma coisa. Por sinal, tomei esta medida após constatar que na maior parte da minha vida acabei agindo de maneira inesperada, até oposta, às minhas crendices pessoais e pontos de vista (o calo dói em quem está usando o sapato, não em quem está olhando de fora, afinal).
Até que tenho conseguido praticar isso bem, mas tem seus efeitos colaterais. Primeiro que me sinto amarrada. Olho as situações a minha volta e permaneço de boca fechada, e até de pensamento fechado: "não vou julgar, já passei por isso e não consegui fazer diferente", "fica quieta, porque se eu passasse por isso (droga, lá vou eu pagar a língua de novo) não sei se teria coragem de fazer isso que estou falando". Outro resultado dessa política é essa necessidade de destilar o veneno contra o mundo. Como não estar puto com a política? Como não criticar decisões arbitrárias ou descobertas científicas idiotas (li uma reportagem fabulosa sobre patos homossexuais necrófilos... um primor)? Pelo menos são coisas que não vou pagar a língua depois.
Não é criar um mundo Poliana Plus, não é aceitar o mundo com tudo que está errado e achar bonitinho. Mas viver mordendo ar, reclamando de tudo e todos não é das melhores opções. Visceral demais. Desgastante também.
Engraçado que pensei em um post completamente diferente deste. Agora que li vejo uma viagem misturada com auto-análise. Como não me analisava faz tempo, já valeu.


P.S. Estava revirando meus papéis aqui no trabalho e achei esse texto. Acho que escrevi em março desse ano. Só que ele ficou esquecido na pasta esse tempo todo. Não lembro muito bem o que estava acontecendo naquela época pra dar o start de escrevê-lo, mas hoje quando reli gostei... Ta aí, publicado.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Meu Querido Diário

Bom dia!
Minha semana está sendo tranquila.
Resolvi mudar a cor do meu blog, adorei esse tom de verde que encontrei.
Ontem tive uns estresses no meu trabalho, porque querem me forçar a fazer um trabalho que definitivamente não é da minha atribuição. Xinguei todo mundo e disse q se a chefona quiser vir discutir comigo o assunto terei todo o prazer do mundo em chamá-la de burra ao vivo.
Meu carro continua me deixando na mão, toda manhã ele engasga e a bateria descarrega. Isso às 7 da manhã não é muito positivo (nota mental: comprar logo a droga da bateria nova).
Por falar em carro, comecei a lista das coisas que tenho q revisar ou trocar nele pra voltar a ser um "zerinho"... Já completei uma folha de caderno.
No começo da semana fiz minha avaliação física na academia. Foi tranquilo, afinal não foi daquele tipo de avaliação comum, que o cara olha pra você e diz "nossa!!! Você tá um bagaço!!! Minha filha, como sai de casa desse jeito?" Sai animada de lá. Hoje faço minha série de musculação. Tudo indica que o monstrinho da malhação está pra renascer das cinzas.
Quase quebrei meu notebook ontem. Nunca tenho uma necessidade de usá-lo e justo no dia que quero fazer isso resolve travar a cada comando. Juro que me vi jogando ele no chão e pisoteando pra ter certeza que não ia sobrar nada.
Ontem o episódio do Nightmares & dreamscapes foi ótimo! Finalmente valeu a pena parar na frente da TV pra ver aquilo.
Meu gato ficou louco. Ele me pegou mimando a outra gatinha e desde então esta rosnando pro mundo, me olhando com ar de coitado e atacando as outras gatas.
Demorei pra dormir. Parecia que o mundo estava incomodando, não achava posição, jeito de relaxar. Ainda bem que o Darth teve toda a paciência do mundo comigo e ficou segurando minha mão até eu me acalmar. Acho que estva ansiosa pelo lance da academia, sempre é uma rotina nova.
Hoje vou gastar minha tarde fazendo uns relatório chatos pra caramba, mas pelo menos posso sair mais cedo e não tenho que ir pra Taguatinga.
Comprei um daqueles cremes que bronzeiam no escuro, pra ver se fico menos amarelada...e acho que está funcionando... pelo menos agora estou alaranjada.
Enfim, tudo em paz...


P.S. Ainda com preguiça mortal de escrever ou fazer qualquer coisa que precise de mais que dois neurônios...

quarta-feira, agosto 01, 2007

Mordendo Cachorro

Apesar da minha ranhetice constante, uma das qualidades que tenho é meu bom humor matinal.
Por mais cedo que seja isso, acordar não me é um trauma diário. Por sinal, ainda encontro disposição pra fazer piadas.
Hoje não.
Hoje estava fazendo um frio de lascar. Ainda está fazendo, mas não se compara com a temperatura das 6 da manhã.
Dói! Cada parte do corpo.
E lá fui eu, toda enrolada num cobertor, parecendo um fantasma, tomar meu café da manhã.
Em todo esse tempo em que trabalho nunca tinha reclamado de um cliente meu.
Nossa! Xinguei até a última geração do pobre inocente que marcou uma consulta as 7 e meia da manhã. Qual criatura acredita que produz antes das 8? Até o dia de hoje eu acreditava ser uma dessas criaturas.
Balela!!
Lembrei de cada centavo que estão me devendo (estou sem receber desde novembro), do custo pessoal que é continuar atendendo (cansei de atender crianças), de todas as questões paralelas ao tema, que já ponderei e calculei. Mas hoje todo esse mundo de pensamentos se reverteu em uma única coisa: mau humor.
Não consigo imaginar outra situação que eu sentisse isso. Eu fico irritada, eu fico com raiva das coisas, fico desapontada, frustrada (aprendi a denominar e discriminar bem minhas emoções), mas acho que nunca tinha vivenciado o mau humor propriamente dito.
Minha vontade era chutar pessoas, era bater em alguém só pra me distrair e descontar. É impressionante sentir aquele arrepio de ódio subindo pela nuca, só porque é assim, sem um gatilho, sem um motivo inesperado. Só mau humor.
É importante ressaltar que NÃO estou de TPM.