quinta-feira, novembro 27, 2008

Eu Conheço o Meu Eleitorado (ou "boas" práticas em serviço público)

Em 2005 fiz minha estreia no serviço público. Ao contrário da maioria esmagadora, prestei concurso para minha área de formação. Estava concluindo minha pós graduação em RH, ou seja, estava cheia de idéias, projetos, um monte de conhecimentos novos e atualizados.
Alguns meses depois já havia encarado a realidade: um chefe que está lá há milênios e que tem certeza de conhecer tudo. Sua experiência já o ensinou como proceder em todas as funções a ele atribuidas, e como comandar sua equipe de serviçais, quero dizer, funcionários.
Um dos momentos memoráveis foi ele me ensinando como usar a vírgula ("filhinha, a vírgula vem na frase quando você precisa dar uma pausa pra respirar"), mas antes fosse só isso. Todos os projetos, relatórios e documentos que eu redigia tinham que passar por ele, que traduzia para a linguagem "acessível" aos superiores. Ele sempre me falava: "Eu conheço o meu eleitorado!", afirmava que sabia o que o chefe achava interessante ou não, se ia ler algo ou deixar de lado, enfim, já tinha um esqueminha de comunicação com o alto escalão.
Eu dava pulos de raiva, argumentava, batia boca... mas nada resolvia. Admito que não tinha maturidade para lidar com a situação de maneira adequada. Mas também sabia que continuar naquele esquema era fazer um pacto com a mediocridade. Se a proposta de gestão de pessoas é renovar, nós temos que passar por mudanças. Só eu pensava isso. A orientação era realizar atividades que chamassem a atenção mas que perpetuavam as antigas práticas. Nunca consegui me conformar com tarefas estúpidas. E sempre achei o cúmulo você tratar um chefe como uma criança mimada que deve ser atendida em seus delírios de poder e exigências estapafúrdias.
O resultado dessa batalha era óbvio: fiquei engessada, sem poder executar 1/5 das idéias que tinha, com fama de cri cri, e completamente desestimulada pro trabalho.
Mudei de emprego, fui chamada em outro concurso. Fui mandada pra única área que odeio na minha profissão, e nisso fiquei amargando por quase 3 anos. E depois de tanta luta, finalmente consegui chegar na área de recursos humanos que tanto queria. Finalmente poderia executar aquilo que aprendi...
Hoje minha chefe me passou uma super tarefa, explicou o que precisava, perguntou o que eu achava e mandei bala na execução. Adoro esse tipo de coisa, analisar o processo, organizar os dados, elaborar relatórios, principalmente quando eles exigem que eu use meus conhecimentos de verdade. Passei a manhã correndo, levantando as informações, elaborando instrumentais, tudo que era preciso, mas com um super sorriso na cara. Fui terminar quase 13 horas, mas com a sensação de dever cumprido.
Quando levei pra minha chefe, ela mal leu o que escrevi. Perguntou logo de uma tabela com o nome dos funcionários que recusaram o remanejamento em questão. Eu tinha descrito os resultados da convocação, sem identificar os indivíduos, afinal dar nome aos bois não ia interferir no relatório. Era preciso saber quantos aceitaram, quantos recusaram e por quais motivos, para dai propor uma nova ação. Sem contar que é conhecido o histórico de perseguição a servidores que não "colaboram"...
Ela cortou quase todo meu relatório e pediu pra substituir por um quadro que mostra quem recusou e porquê. No meio da minha argumentação perguntou onde estavam as anotações do que ela tinha pedido, afinal eu não tinha feito de acordo com o que ela havia mandado. Não pulei de raiva como antes, pelo contrário, me abati. Fiquei lá escutando e anotando as coisas.
Quando ela rabiscou o rascunho do tal quadro, no qual o título era maior que um parágrafo não me contive. E mais uma vez ela fechou a questão. E ai o grande flashback do meu antigo chefe: "eu conheço a Fulaninha (a superior a ela, a PG da parada), se ela pega um relatório desse não vai ler, tá muito comprido. Ela gosta de quadro e tabelas explicativos."
Não consigo entender por que superiores hierárquicos desaprendem a ler quando assumem o poder. Aceito que um alto gestor tem muitas atribuições, mas ele deve ter acesso aos processos que ele comanda. E ainda acredito que fornecer informações completas não é ser prolixo.
Devo ter feito uma cara de choro, ou muito feia (principalmente quando falou que eu podia fazer o que eu quisesse com aquele relatório, mas que não era aquilo que ia ser entregue), porque depois de passar minha tarefa, ela pediu desculpa se falou de maneira grossa, fez piadinha falando que ela gosta de coisas bem sintéticas. Disse que eu não precisa fazer isso hoje e me liberou pra vir pra casa.
Eu sempre acreditei que se estou numa função de nível superior se espera que eu tenha um mínimo de autonomia e proatividade. Meu julgamento, dentro das minhas competências, teria um valor, senão um administrativo poderia executar a mesma atividade. Mas parece que estou enganada. Eu forneço meu conhecimento, as chefias assimilam, usam a parte que os interessa e passam o que deve ser cumprido.
Nhé, ainda não consegui me acostumar que as coisas devam ser assim. Mas também não creio que tenha muita saída.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Os 5 Centavos


Ontem passei por um Mcdonald´s e resolvi me dar ao luxo de comer um Twix com sorvete.
To lá numa boa, e quando fui pagar o cara me avisa que o preço é R$5,25. Foda, mal lançaram e já aumentou... deve ser a crise mundial... bem que me falaram que em algum momento ela me atingiria... De cara já notei que a quantidade de twix também murchou, que quase não tinha calda... Mas já estava lá, etão resolvi não criar encrenca...
Fiquei catando moedas, pra ver se dava o dinheiro todo trocadinho, mas só tinha 20 centavos. Olhei pro carinha e perguntei se podia ficar devendo os 5 cents que faltavam...só pra não ter que pegar uma nota grande e tal. Ele me olhou como se eu tivesse pedido o sorvete de graça, e me avisou que não poderia fazer isso. Raios! Droga de script que programam nessa galera, não conseguem mover os olhos se não estiver previsto no roteiro.
Acontece...
Na hora de me dar o troco, ele ressaltou que eu tinha 75 centavos em moedas, e que eu poderia doá-los para a caixinha de salvação de crianças com câncer... Qualé?! Na hora de me liberar 5 centavos ele me fez aquela cara de enterro, como se eu fosse uma miserável pedindo pra ser levada pra casa, mas na hora de pegar minhas moedinhas de volta ele vem com aquele sorriso amarelo...
Realmente, fazer caridade com o dinheiro dos outros é muito fácil... e faz um bem pro marketing da empresa (agora o nome chique disso é responsabilidade social, muito em moda no mundo da gestão organizacional). Fora o constrangimento implícito na situação: "sua porca capitalista sem alma, vai matar centenas de crianças com câncer por não liberar 75 centavos?" Se o Ronald Mcdonald doasse o dinheiro que ele usou pra fazer aquela chapinha ridícula no cabelo, salvaria muito mais gente que o troco do meu sorvete.
Confesso minha falta de paciência com essas campanhas de fim de ano, na qual as empresas resolvem fazer o filme com o público e montam uma infinidade de artifícios pra juntar a grana dos outros e fazer caridade em seu próprio nome. E nem vou entrar no debate sobre o Criança Lambança, que todo ano aporrinha por 1 mês inteiro... Eu gosto de ajudar, não custa nada e faz bem pro coração, mas não por uma obrigação implícita, cheia de aparências mas com pouco sentimento (ou preocupação real).
Era só um sorvete, e me rendeu um tanto de considerações aleatórias... Vá lá... Eu e minhas ranhetices...

segunda-feira, novembro 24, 2008

Yahoo Responde!

Eu era uma criança curiosa. Curiosa e isolada do mundo (morei numa vila militar longe da civilização por quase 14 anos). Minha companheira inseparável era a TV. E tudo que ela não me respondia, eu corria pra Barsa e procurava. Quando ganhamos a Mirador, fiquei encantada, muito mais opções de busca.
Cresci uma mulher curiosa. Ainda tenho o costume de buscar conhecimentos aleatórios, de coisas que li ou vi. Mas as enciclopédias cairam em desuso. Viva a tecnologia e a internet!
Confesso, passo um bom tempo pesquisando coisas, termos esquisitos que alguém fala de relance, personagens de filmes baseados em fatos reais e perguntas que não querem calar. Não é a toa que sou campeã de Master...meu nível de cutura (in)útil é elevadíssimo.
A wikipedia seria uma evolução natural pros meus anseios, tirando fato de poder ser alterada por qualquer um cadastrado, que um dia pode estar de saco cheio do mundo e criar uma grande piada com tons de seriedade e verdade. Sem contar que temos "tralálápedias" de todo tipo hoje em dia (acabei de visitar a de futebol...show!). Eu precisava algo mais...
E numa expansão das minhas navegações questionativas sempre me deparo com o Yahoo Respostas. Tem alguma pergunta esdrúxula? Coloque no Google e rapidamente verá inúmeros links do Yahoo responde. E responde cada pérola...
Legal a idéia das pessoas se ajudarem trocando experiências...mas pelo amor de Deus... Ampolas de arovit fazem o cabelo crescer 4 cm por dia? O abto* alimentar ajuda ter saúde? Uma das minhas preferidas: "Quero matar meu marido mas como devo fazer?"
É uma cascata de português criativo, de conselho peba de auto ajuda de boteco boqueta, de idéias idiotas, AAAHHHH!! Fascinante!!!! Melhora... tem gente que copia sites inteiros e cola como resposta...
Já passei uma tarde de ócio inteira percorrendo os caminhos tortuosos do Yahoo, e confesso nunca ter lido tanta coisa idiota junta. E olha que já fui monitora de matérias na faculdade...

Foi-se o tempo de construção de conhecimentos... estamos na fase da demolição deles. Se a Manu criança tivesse um Google em mil novecentos e mini chiclete teria todo o conhecimento do mundo em suas mãos, e um sorriso bobo - encantado de poder saber tudo que sua curiosidade perguntava. Se eu fosse uma criança de hoje provavelmente não saberia escrever meu nome direito (como assim Emanuelle com 2 Ls? Tem que economizar pros meus miguxos do msn naum fikarem cansados de ler um nome taun grande)... e isso não faria a menor diferença...

*abto = hábito (tradução livre)

quinta-feira, novembro 13, 2008

Quem Não Se Comunica...

Sempre recebi e-mails com placas bizarras, com apresentações claras de escrita criativa. Já nem podemos mais falar em erro, afinal vivemos num mundo de "a nível de" e "mim faz", prefiro pensar que a são novas formas de comunicação (viva a comunicação modo MSN!).
Pois esse anúncio fabuloso eu não recebi, eu vi de verdade. Estava atravessando a rua perto do meu trabalho e tive a oportunidade única de registrar mais um caso especial de escrita.
Vendo esse tipo de coisa, parece uma decisão muito acertada acabar com a reprovação nas escolas, isso provocaria um estigma insuperável para o pobre aluno... Tadinho, ele nem sabe escrever o nome, mas temos que passar ele de ano pra não se sentir mal diante dos outros...quem sabe ele será o próximo presidente....
Engraçado, do mundo que eu vim, escrever algo com tantos erros seria digno de pena e de estigmatização...
Mas hoje, quem se importa? Até jornal tem erro de português ("Droga de world incompetente que não percebeu que digitei errado!")

O Mundo Em Que Vivemos


Só pra descontrair...

Fonte: Portal Cocal - www.portalcocal.com.br

COCAL DO SUL - O amor algumas vezes realmente é cego, mudo e sem tato.
Um jovem de 19 anos se apaixonou por uma mulher, ela engravidou e o casal
foi morar junto, em Cocal do Sul. Tudo como manda o figurino, isso se seis
meses depois ele não descobrisse que ela não poderia engravidar, não tinha
nem mesmo os órgãos sexuais femininos e, na verdade, era um travesti. Com a
revelação, na última quinta-feira, ele teve que ser hospitalizado.

O rapaz a conheceu em um bailão há cerca de seis meses e foi amor à primeira
vista. Os dois apaixonados mantiveram relações sexuais e, no fim da "festa",
se despediram. Um mês depois, a jovem bateu na porta da família do ficante e
pediu abrigo: ela estava grávida do jovem de 19 anos.

A sogra adorou a surpresa e prontamente aceitou a nora de braços abertos. O
futuro papai também ficou feliz com a novidade. A barriga começou a crescer
e os dois viveram alguns meses em perfeita harmonia, até que a relação
começou a passar por algumas crises amorosas.

Entre uma discussão e outra, a mulher apanhou e, acompanhada da sogra, foi
até a delegacia de Cocal do Sul para registrar um Boletim de Ocorrência, na
quinta-feira. No local, deu o nome de Bruna de Souza. Rapidamente, o sistema
informou erro, não havia ninguém com este nome. "Começamos a suspeitar de
algo errado. Mesmo apresentando uma gravidez aparente, pensamos se tratar de
alguém que havia fugido de casa ou que estivesse com mandado de prisão em
aberto. Passamos a investigar quem realmente era aquela moça", informa o
Policial Evandro Carlos Rodrigues.

Para a surpresa dos investigadores e mais ainda da família que abriu as
portas para a Bruna, a moça era um homem, está com 19 anos e é natural de
Gravatal. O susto foi tão grande que o companheiro teve que ser internado às
pressas no hospital do município: ele teve um mal súbito com a notícia de
que a mulher era marido.

O jovem não entendeu nada porque o casal mantinha relações sexuais e ele
não havia percebido que a moça tinha órgãos masculino. "O rapaz contou que
sempre que se relacionavam, ela apagava a luz e comandava as ações. Em todos
estes meses, ela não havia permitido que o companheiro tocasse as suas partes
íntimas e, por isso, ele não percebeu nada", explica o policial.

Já sobre a gravidez de Bruna, era apenas uma reação psicológica. Ela
creditava tanto que estava grávida, que o corpo passou a desenvolver a
barriga. "O travesti aparentemente era uma mulher, enganava bem e não tinha
os traços masculinos", acrescenta Evandro.

O caso foi encerrado e o casal, a princípio, iria se separar.

sexta-feira, novembro 07, 2008

Desejo de Matar... A Saga Continua?

Lembro demais da série de filmes Desejo de Matar. O Charles Bronson era o Paul Kersey, um cara pra lá de azarado. Mataram sua esposa, acabaram com sua filha, perseguiram sua empregada, explodiram seu cachorro, pisaram na grama do jardim... enfim, ele foi ferrado de todas as formas possíveis e resolveu dar o troco. Era fantástico acompanhar o filme e esperar o momento mágico em que os punks apareciam, afinal, vilão naquela época era punk. Melhor são as frases de efeito:
"-Você acredita em Jesus?
- Sim!
- Bom, você vai conhecê-lo..."
Mas tá...
A visão de mundo e criminalidade desses filmes, assim como em outros, tipo Robocop, era bem característica e exagerada, com extremos de crueldade, atos de violência pela violência, aquela coisa bem marcante, às vezes até caricata. Ela dava o tom para os filmes, mostrando o motivo de um vingador ou justiceiro aparecer dentro daquele meio, sem ser tachado de mau por executar os outros (um bom motivo justifica atos extremos).
Pois esse mundo de caos violento chegou às nossas vidas. Não com os punks, mas com a mesma crueldade violência sem motivo.
Nem gosto tanto de ficar debatendo assuntos polêmicos de mídia (afinal estes assuntos ficam esgotados pelo senso comum ou falta de qualquer senso), mas realmente eu estou chocada. Cada dia que assisto ao jornal é uma bomba nova. A dessa semana é a menina da mala... Pelo menos por enquanto, porque afinal ainda temos o final de semana.
O comum era ver notícias sobre a violência do Rio, de São Paulo, aqueles casos bizarros, ou de violência "cotidiana" (sequestros, assaltos). Atualmente, em quinze dias, Brasília foi parar no Jornal Nacional pelo menos 3 vezes, e não por causa de políticos ou Congresso. Casos escabrosos de criança apanhando de babá, de criança sendo segurada pela professora pra apanhar dos outros, menina baleada na porta de escola...
Bandido hoje é quase herói. Faz, acontece, e se tiver algum problema é só chamar a imprensa e os Direitos Humanos pra ser defendido e acolhido. Qualquer um sabe que se cometer qualquer crime não passa nem pela delegacia direito (cadeia é só pra quem não paga PA ou arranca casca de árvore). Se a polícia tenta endurecer um pouco, a imprensa diz que estão abusando do poder, que são corruptos, loucos despreparados.
Todo crime tem um menor envolvido, quando não são todos menores. Passar pela DPCA, sócio educativo e liberdade assistida é quase roteiro turístico pra esses moleques. E eles não estão batendo carteira, estão dando tiro nos outros, torturando, traficando. E ainda tem gente discutindo sobre redução de maioridade penal, como se fosse um absurdo tratar esses "anjinhos" da mesma forma que bandidos...
Por sinal, se você tem entre 7 e 16 anos tem dois lados para escolher: ser o bandido ou o cadáver da vez, afinal parece temporada de caça às crianças e adolescentes, todo dia morre pelo menos 1.
E criminoso não tem classe social, porque fulaninho cheio da grana tá matando por ai sem nem dar muito motivo (outro dia o cara deu uns tiros de escopeta no outro dentro de um posto de gasolina porque mexeram com ele).
Infelizmente acho que não vai aparecer nenhum Paul Kersey pra nos trazer a justiça... Pelo menos não um com a competência dele, porque no frigir dos ovos, hoje já temos um bando de gente que resolveu botar uma mão na arma e resolver as coisas do seu jeito...

Tenho que parar de assistir ao Jornal Nacional...

Festa Surpresa!


Sempre reclamo do meu trabalho. Não gosto do que faço, afinal estou na única área da minha profissão que eu simplesmente abomino.
Mas não posso reclamar dos meus colegas...colegas não, amigos do trabalho. Eu fui transferida para lá a força, numa época super revoltada. Fui toda armada, afinal ia trabalhar longe de casa (muito longe de casa).
Só que o pessoal de lá me cativou. A equipe inteira é unida como uma família, se defende, se apoia, se diverte junto.
Ontem cheguei lá, na mesma tranquilidade de sempre e to vendo uma movimentação de comida, de bolo, de salgadinho. Normalmente fazíamos uns cafés da manhã, até ser proibido pelas chefias superiores. Perguntei do que se tratava e me disseram que era a despedida de um funcionário, que foi transferido. Nem dei muita pelota, afinal não me avisaram nada.
Quando Ana Alice chegou perguntei do que se tratava o evento e ela nem sabia que estava rolando.
Chamaram pro tal café da manhã e estranhei que o funcionário homenageado nem tinha chegado, mas de boa, pelo menos reunia a galera.
Margarete, nossa coordenadora, iniciou o evento avisando que essa era uma pequena festinha pra comemorar os aniversariates do mês, eu, Ana Alice e Jesuína. Fiquei boba. Teve parabéns, fila de abraços, presentinho. A coisa mais fofa!
Eu nunca tive uma festa surpresa antes. E confesso que adorei! Não só pela surpresa em si, mas pelo carinho daquelas pessoas conosco. Poder perceber em cada abraço um desejo sincero de felicidade, o bem querer. Não tem preço.
E fico lembrando o tanto de besteira e reclamação que disse/fiz quando fui mandada pra lá... Nem sabia a grande oportunidade que estava tendo. Se não num nível profissional, pelo menos no pessoal.
Muito bom!

quinta-feira, novembro 06, 2008

Se Não Tem Pão...

"Se não têm pão, que sirvam brioches"... frase famosa... Hoje os historiadores já afirmam que a Maria Antonieta nem falou isso de verdade... mas não deixa de ter seu peso...
E a idéia continua a mesma... olha a pérola:

"Os brasileiros devem realizar o sonho da casa própria; não devem deixar passar o momento mágico de ter um carro; uma tv de plasma, que todo mundo quer, agora; o seu computador, e até o primeiro sutiã…"
E a platéia ainda ri... não sei se de puxação de saco ou de nervoso...

Lembro de um boato que os assessores de Lula tinham aconselhado ele a não falar de improviso, era melhor seguir discursos já escritos... Ele deveria seguir mais os conselhos dos outros...

segunda-feira, novembro 03, 2008

É De Doer...

Essa vai até sem foto, pra não promover muito...
Após ignorar o clamor do público, escutar do Rubinho antes da corrida dizendo que ia fazer o melhor possível pra ver se ganhava um pontinho chega ser uma afronta...
O Vettel se mostrou mais brasileiro que essa besta...
Caracas... campeão por uma volta foi foda...
500 metros...
Ficou pra próxima...

O Terminal

Quando eu era criança viajar de avião era o acontecimento. Todo mundo muito arrumado, aquela expectativa, friozinho na barriga... Chegávamos no aeroporto e parecia uma festa de luxo, todo mundo no mesmo esquema, empurrando seus carrinhos de bagagem e esperando seu momento de voar. Isso era caro! Só nas férias que rolava, e nem sempre... Em muitos casos era mais jogo ir de carro, com os sanduíches esquentado no tampão, do que bancar essa mordomia.
Os tempos mudaram tanto... Depois do evento Gol, com passagens em papeizinhos e lanche de barrinha de cereal, viajar de avião é pra todos. Muito bom, realmente não posso reclamar, ir pro Rio por 250 reais é fantástico.
Mas fui reparar o efeito disso no aeroporto. Principalmente depois da aclamada crise aérea. Aeroporto virou um salseiro, quase um verdurão em dia de promoção. É criança berrando e rolando por todos os lados, cachorro cheio de fitinha esperando o dono... o portão do desembarque parece a porta do inferno com gente se acotovelando para ver quem está chegando, mesmo que isso seja difícil pra caramba num vidro fumê. Neguinho gritando pra todo lado, falando alto como se estivesse em casa, povo de chinelo se arrastando entre as bagagens...
Não adianta... perdeu o glamour...