domingo, junho 12, 2005

E Chegou o Dia dos Namorados...

... que sempre foi uma data muito complicada, nunca fui muito fã desse dia. Claro, porque sempre estive sozinha. Detestava as propagandas, as promoções, o clima, tudo. Mas hoje esta diferente. Não, eu não tenho um namorado. Mas acho que aprendi ver as coisas de uma maneira diferente.
Sempre acompanhei de perto os relacionamentos dos meus amigos, familiares, clientes, colegas de trabalho e sempre pensava "por que não acontece isso comigo?", sempre me coloquei numa posição inferior, afinal sempre eu era a sozinha de todas as histórias. E isso faz um mal pra auto-estima (por mais que eu deteste usar esse termo, que virou chavão para todo tipo de conselho).
Hoje é diferente. Se olhar para todos os relacionamentos ao meu redor, eu não estou em desvantagem, pelo contrário. Os tais namorados esqueceram o sentido disso, ou talvez nunca entenderam o significado.
Vejo pessoas que mesmo acompanhadas dos "amores de sua vida" sofrem constantemente, brigam, choram, enlouquecem, ficam mais sozinhos que antes. Pessoas tão preocupadas em manter aquele vínculo que esquecem do mais importante. Engraçado, eu sempre achei que eu precisava de um relacionamento assim, afinal nunca tinha vivido uma "história de amor", nunca tinha experimentado essa situação.
Como fui injusta comigo e com as pessoas que passaram na minha vida! Como pude simplesmente menosprezar os vários momentos lindos que tive? Estes não eram cercados por um título, mas tinham o que importava: um sentimento imenso, uma sensação maravilhosa do coração batendo forte, querendo sair pela boca, um olhar cheio de lágrimas de surpresa e uma alegria sem tamanho. Isso não tem comparação, isso não tem tamanho e nem todos os presentinhos comprados num shopping podem substituir.
E a segurança?? Achei essa resposta outro dia, indo ajudar uma amiga. O namoro seria (pelo menos na minha cabeça) a garantia que a aquela pessoa tão especial voltaria no dia seguinte, que eu teria mais sem me preocupar em ser esquecida de uma hora para outra. A resposta é óbvia, mas só agora percebi: essa garantia não existe. Pode ser namoro, casamento, caso, o que for, nunca se tem a certeza que isto não vai acontecer.
Eu devia ter visto menos TV na minha infância, aprendi tudo errado!

Eu posso dizer que estou feliz. E como demorou pra eu perceber isso! Perceber que tudo que tive, e tenho, tem tanto valor. Não para os outros mas para mim. Agora posso curtir cada situação como ela deve ser vivida, aproveitar cada olhar, cada momento, cada batida forte do coração, cada momento único, assim com simplicidade, sem cavalos de batalha.
Quer melhor presente que esse?

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