terça-feira, junho 21, 2005

O deus da TV *

Fazia tempo que não parava na frente da caixinha mágica. Ela quase virou um peso de papel com espaço para fixar post it. Que mundo mágico e sem noção!
Enquanta passava pelos canais, entre a Ilha da Fantasia e América (cruzes), relembrei o quanto a TV pode ser bizarra.
Pude acompanhar uma breve apresentação de dança do ventre, mas não uma comum, afinal a bailarina usava como música de fundo algo novo, Iron Maiden. Sim, Iron para dançar. Coisa linda, ela mostrou que realmente sabe mexer e rebolar ao som da música, ainda tenho que treinar muito. Admito que já fiz experiências com ritmos não árabes, mas nunca fui tão longe, nunca fui parar na televisão mostrando minhas idéias loucas.
Propagandas, anúncios da programação... fui capturada. Como não me render ao Sílvio? Ele realmente é um gênio, embora não consiga decifrar exatamente no que (ganhar dinheiro, talvez). Sabe aqueles programas americanos, nos quais as famílias se enfrentam? Pois bem, seu Sílvio trouxe isso para nossa telinha. Family Feud! Melhor, no programa de estréia (pelo menos para mim, que estava assistindo pela primeira vez) famílias de viúvas! Sim, para que trazer famílias padrão, é bem melhor reunir famílias que passaram pelo mesmo sofrimento. E lá estavam as tias solteironas, os filhos gêmeos, o genro único numa competição emocionate de chutometro.
Quando achava que minha aventura estava chegando ao fim, pude contemplar mais um pouquinho do Roletrando (o nome mudou, mas até a música é a mesma de 700 anos atrás). Foi ali que aprendi que ricota se escreve com a letra E, como sou ignorante não é mesmo?
Difícil realizar esses rituais hoje em dia, muito custo e pouco retorno.

* Óbvia referência ao livro " Deuses Americanos", do Neil Gaiman. Livro muito bom, autor maravilhoso. Foi uma boa sacada a que ele teve.

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