Consegui mais uma vez. Na eterna missão de provar para meus colegas de trabalho que sou louca (não sei de onde tiram isso) fiz uma façanha.
Na minha sala todos sabem que sou empolgada, que falo com as mãos, que tenho trejeitos, caras e bocas pra tudo que falo (uma amigo ja me falou que pareço uma drag queen), mas esse meu lado fica escondidinho quando estou diante do meu chefe, afinal, ele é o chefe. Mas hoje não.
Eu disparei a tagarelar com ele, como se estivéssemos em um bar. Lindo isso, eu até pedi um quadro de cortiça, cheio de coisas bonitinhas para colocar penduricalhos, enfeitar a sala e tudo mais. Isso acompanhado de gestos dignos de um regente de filarmônica tocando a 5º sinfonia de beethoven.
É, ele está chocado. Tanto tempo esperando um profissional de nível superior para ocupar o cargo... hoje ele percebeu que a nova profissional tem uma, digamos, veia teatral histriônica (chique isso hein). Tomara que ele esteja bem humorado depois da super palestra sobre terapia prânica...respirar...relaxar...ignorar.
Isso tudo sem contar que cheguei lá imitando um peixe, afinal me entupi de salmão no almoço. Tinha muito sentido na minha cabeça naquele momento, mas SÓ naquele momento. Me diz o que é isso?
Nota mental: pensar antes de agir, só um pouquinho pelo menos.
Nota mental 2: lembrar que trabalho num hospital, não num circo.
Nota mental 3: estou no trabalho, não numa colônia de férias.
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